A defesa do contribuinte em processos de execução fiscal por dívida de IPTU
Publicado em: 10 de janeiro de 2025
Como advogado especializado em direito tributário, é essencial compreender as nuances do processo de execução fiscal relacionado ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Quando o contribuinte enfrenta uma cobrança indevida ou busca contestar a dívida, algumas defesas podem ser arguidas para proteger seus direitos. Vamos explorar algumas delas:
• Nulidade da Inscrição em Dívida Ativa:
A inscrição do débito em dívida ativa é um passo crucial no processo de execução fiscal.
Contudo, qualquer omissão ou erro nos requisitos dessa inscrição pode resultar em nulidade.
O artigo 203 do Código Tributário Nacional estabelece que a falta de cumprimento desses requisitos é motivo para anular a inscrição e todo o processo de cobrança subsequente.
• Exceção de Pré-Executividade:
Essa defesa permite que o contribuinte questione vícios processuais antes mesmo do início da execução.
Possíveis nulidades, como falta de citação adequada ou ausência de fundamentação, podem ser alegadas por meio dessa exceção.
• Erro Material e Vícios na CDA (Certidão de Dívida Ativa):
A CDA é o título executivo que embasa a cobrança judicial.
Qualquer erro material ou vício na CDA pode ser utilizado como defesa.
Por exemplo, inconsistências nos valores, descrição do imóvel ou identificação do contribuinte podem invalidar a execução.
• Ação Anulatória e Ação Declaratória:
A ação anulatória busca anular o ato administrativo que gerou a dívida.
A ação declaratória visa obter uma declaração judicial sobre a inexistência ou ilegalidade do débito.
Ambas podem ser estratégias eficazes para contestar a cobrança.
• Mandado de Segurança:
Em casos urgentes, o contribuinte pode impetrar um mandado de segurança para proteger seus direitos líquidos e certos.
Isso pode ser útil quando há risco iminente de penhora ou leilão do imóvel.
Em resumo, a defesa do contribuinte deve ser pautada na análise minuciosa do processo, identificando possíveis nulidades e vícios. Consultar um advogado especializado é fundamental para garantir que todas as medidas legais sejam tomadas em prol do cliente/contribuinte e para assegurar que seus direitos sejam preservados durante o processo de execução fiscal.