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Redirecionamento da execução fiscal para o sócio: o que é e como acontece?

Publicado em: 10 de novembro de 2024

O redirecionamento da execução fiscal é um tema de grande relevância no âmbito jurídico, especialmente quando se trata de dissolução irregular de uma empresa. Nesse contexto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu diretrizes importantes para entender como esse processo funciona e quais situações configuram a dissolução irregular. O que é o redirecionamento da Execução Fiscal para os sócios da empresa? O redirecionamento ocorre quando as dívidas tributárias adquiridas pela pessoa jurídica não são pagas e, por falta de bens suficientes da empresa para quitar o débito, a Fazenda busca responsabilizar os sócios. Em outras palavras, o patrimônio pessoal dos sócios pode ser utilizado para pagar dívidas tributárias originariamente da empresa. O que causa o redirecionamento da Execução Fiscal? O caminho natural é que as dívidas da empresa sejam pagas com os bens da própria pessoa jurídica. No entanto, o redirecionamento ocorre quando o sócio, que exerce poderes de gerência, atua de forma irregular, prejudicando os cofres públicos. Importante destacar que a responsabilização do sócio não ocorre automaticamente apenas pelo inadimplemento tributário da empresa. O STJ pacificou o entendimento de que o sócio só pode ser responsabilizado se houver indícios de atos com excesso de poderes ou infração à lei, ao contrato social ou aos estatutos. Dissolução irregular da empresa – Muito cuidado com essa atitude! A dissolução irregular é um dos principais fatores que podem levar ao redirecionamento da execução fiscal. Quando a empresa encerra suas atividades sem cumprir as formalidades legais, como registro na Junta Comercial e baixa nos órgãos competentes, caracteriza-se a dissolução irregular. Nesse cenário, os sócios que não deram causa a essa irregularidade não podem ser responsabilizados. Em resumo, o redirecionamento da execução fiscal é uma medida extrema, aplicada com cautela e baseada em critérios específicos. Os profissionais do direito devem estar atentos a essas diretrizes para proteger os direitos dos sócios e garantir a segurança jurídica nas questões tributárias.